Companhia Siderúrgica do Pecém respondeu por 50% das exportações do Ceará

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O recorde nas exportações registradas pelo estado do Ceará em 2017 foi um sinal do bom desempenho do regime brasileiro das Zonas de Processamento de Exportações (ZPEs), especificamente da ZPE do Pceém, no Ceará. Essa foi uma das conclusões divulgadas pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

As exportações do estado obtiveram crescimento de 62,5% em relação ao ano anterior e o estudo apontou a atuação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) como primordial para o recorde no volume exportado, principalmente o voltado ao setor metalúrgico nacional.

Os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) mostram que no ano passado o Ceará destacou-se pela exportação de produtos semifaturados de ferro e aço, somando um montante de US$ 1,04 bilhão, o que responde a 50% do total exportado pelo estado. Em 2016 esse produto representava apenas 14% das exportações. Com a elevação ocasionada pelo semifaturados, o Ceará passou a ocupar a 14º posição no ranking de exportações do Brasil.

Localizada dentro da ZPE cearense, a Companhia Siderúrgica do Pecém se destacou por completar um ciclo anual de exportação e contribuir para elevar os números positivos na exportação de semimanufaturados de ferro e aço. Em 2017, o Porto do Pecém atingiu o valor de U$ 231 milhões em exportações, crescimento de 45% e relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o governo cearense, a ZPE do Pecém encerrou o segundo semestre do ano passado com 5,9 milhões de toneladas de carga solta e a granel movimentadas na sua Área de Despacho Aduaneiro (ADA).

A movimentação é considerada recorde em comparação ao segundo semestre de 2016, com um crescimento de 31,12%. As placas de aço produzidas pela CSP ocupam o primeiro lugar no ranking das cargas mais movimentadas na rota internacional. O principal destino foram os Estados Unidos, que receberam 37% desse material que sai pelo Pecém.

Para a secretária-executiva do Conselho Nacional das Zona de Processamento de Exportação (CZPE/ MDIC), Thaíse Dutra, os números apontam para o grande potencial econômico e social do regime de ZPE.

“Os dados elevados das exportações do CSP demostram a experiência e o sucesso do regime brasileiro de Zonas de Processamento de Exportação para aquela região. E vale ressaltar que esses números também devem refletir no potencial social dessa ZPE que movimenta cerca de 15 mil vagas de empregos, entre diretos e indiretos, no Ceará”, lembrou.

Por outro lado, na opinião do presidente da Companhia Administradora da ZPE Ceará, em Pecém, Mário Lima Júnior, a experiência cearense demonstra que as ZPE’s contribuem para o desenvolvimento econômico e social, ao mesmo tempo em que corrigem desequilíbrios regionais.

“A movimentação recorde nos gates da ZPE Ceará no segundo semestre de 2017, ou seja, 5,9 milhões de toneladas de carga solta e a granel ante 4,5 milhões no ano de 2016 representa a consolidação do setor siderúrgico cearense formado pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a Vale Pecém, a Phoenix do Brasil e a White Martins”, disse.

De acordo com Mário, o esforço da Companhia agora está voltado para o Setor II, que é a expansão da ZPE Ceará para abrigar novos investimentos, dentre eles o setor do granito, uma refinaria e duas termoelétricas.

“Estamos bem adiantados em nossos projetos e obras, visando alfandegar inicialmente uma área de 170 hectares, o que possibilitará a instalação de cerca de 20 empresas de granito para gerar centenas de novos empregos para o Ceará”, conclui.

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