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Bataguassu está se consolidando como o mais novo e promissor polo de exportação de Mato Grosso do Sul. Com um crescimento de 25,92% no valor exportado apenas no último mês, o município já demonstra uma força industrial robusta, que será exponencialmente amplificada pela chegada da gigante Bracell e pela instalação da primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do estado.
O município, localizado estrategicamente na divisa com Estado São Paulo e trajeto para os principais portos do Brasil, se prepara para um salto econômico sem precedentes, impulsionado por bilhões em investimentos focados quase inteiramente no mercado internacional.
Crescimento atual: os dados de outubro
O “boom” de Bataguassu não é apenas uma promessa futura; ele já aparece nos números oficiais. O boletim de Comércio Exterior (COMEX) de Mato Grosso do Sul, referente a outubro de 2025, revela que o município já está em trajetória de alta, antes mesmo dos novos projetos operarem:
Posição no Ranking: Bataguassu alcançou a 8ª posição entre os maiores municípios exportadores do estado no mês.
Valor Exportado: O município exportou US$ 20,85 milhões em outubro de 2025.
Crescimento: O valor representa um salto de 25,92% em relação ao mesmo período do ano anterior (outubro de 2024), quando registrou US$ 16,56 milhões.
Volume: O volume exportado em outubro de 2025 foi de 4.551 toneladas.
Participação Estadual: A performance garantiu a Bataguassu 2,33% de toda a receita de exportação do MS no mês.
O Fator Bracell: o salto bilionário da celulose
O maior motor dessa transformação é o investimento privado recorde de R$ 16 bilhões da Bracell. A empresa construirá no município uma nova e moderna fábrica de celulose (solúvel e kraft), com uma capacidade produtiva projetada de 2,8 milhões de toneladas por ano.
O impacto na geração de empregos será massivo:
Fase de Construção: Estimativa de pico de 12.000 trabalhadores (prevista para iniciar em 2026).
Fase de Operação: Geração de 2.000 empregos permanentes.
Este projeto sozinho insere Bataguassu definitivamente no chamado “Vale da Celulose” de Mato Grosso do Sul.
ZPE: o motor da diversificação exportadora
Paralelamente ao “boom” da celulose, a cidade se prepara para outra revolução: a Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Trata-se de uma área de dois milhões de metros quadrados que oferecerá incentivos fiscais para atrair indústrias voltadas à exportação.
A ZPE já tem suas duas primeiras fábricas sendo erguidas:
Biofaz Sugar: Focada em adoçantes naturais (xarope de dextrose), estima a criação de cinco mil empregos diretos e indiretos.
Biotube: Com investimento de R$ 37,1 milhões, fabricará tubetes biodegradáveis e projeta uma receita de R$ 301,4 milhões em exportações.
Uma base industrial já consolidada
Esses novos investimentos não chegam a um “vazio” industrial. O crescimento de 25,92% é sustentado por um polo industrial diversificado e já estabelecido, que inclui grandes exportadores do agronegócio como Frigorífico Minerva e Marfrig (fábrica de hambúrgueres), além de Sodrugestivo (soja) e Casul (soja e amendoim).
O parque industrial se completa com empresas como Regina (embalagens), Frigorífico de Peixes Sandevi, Regional Telhas (metálicas), Refricon (conservas) e Laticínios Vale do Pardo. A chegada iminente de empresas de fruticultura (plantações de laranja) também é esperada.
Localização estratégica
O sucesso de Bataguassu está diretamente ligado à sua logística. A cidade é um “ponto estratégico de convergência” entre MS, Paraná, São Paulo e o Mercosul.
A localização é privilegiada por estar entre os dois principais portos de exportação do Brasil, que, segundo o mesmo boletim COMEX, são os principais destinos dos produtos de MS: Porto de Santos (SP) e Porto de Paranaguá (PR).
A combinação do sólido crescimento atual, os investimentos bilionários que estão por vir e uma base industrial já ativa, coloca Bataguassu em uma trajetória clara para se tornar, nos próximos anos, um dos principais motores econômicos e de exportação de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Redação Cenário MS | Fotos: Reprodução/Cenário MS
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