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O hub multibilionário de data centers, a ser erguido na ZPE (Zona de Processamento de Exportações), no Complexo do Pecém, está chamando a atenção das big techs.
Após a confirmação da chinesa ByteDance, dona do TikTok, no projeto, outras gigantes do setor de tecnologia, como Meta (holding que abriga Facebook, Instagram e WhatsApp), Netflix, Microsoft e Google podem disputar espaços nesse polo.
“A gente entrou efetivamente no mapa global da tecnologia”, afirma Fábio Feijó, presidente da ZPE Ceará, em entrevista a esta Coluna.
Gigantes de olho no Ceará
“Quando o projeto começou a ter visibilidade com as notícias da ByteDance, dos cabos submarinos e quando ganhamos o prêmio de melhor ZPE do mundo, os telefones começaram a tocar de toda parte do mundo nos procurando. Hoje, são vários clientes interessados. Todos players gigantes”, comenta.
Ele explica que o cluster, que recebeu sinal verde do Conselho das ZPEs neste mês, contemplará 4 data centers e 5 projetos de exportação de serviços.

“A Omnia terá um projeto de 1 GB e a Byte Dance, outro de 1 GB. A Byte Dance entrou conosco para fazer um projeto só de exportação de serviço. Eles ainda vão escolher o data center que vai abrigar. O pessoal da Omnia entrou com dois projetos, o de abrigador do data center, e o de exportador de serviço. Na primeira fase, que é de 200 MB de TI, a probabilidade é que eles [Omnia e ByteDance] se harmonizem”, explica Feijó.
Segundo ele, o trabalho agora é de “curadoria”. “A gente pode se dar o luxo de fazer as escolhas de quais são os projetos que vão deixar a maior contrapartida para o Estado”, diz, lembrando que a política de ZPEs foi criada pelo Governo Federal não só para atrair indústrias, mas tendo como objetivo a redução das desigualdades sociais regionais.
O presidente da ZPE ressalta que o projeto se encaixa com o plano de expansão geográfica das big techs. “É um negócio conectado. Então, ele pode rodar do Alasca, no Saara e aqui, desde que tenha conectividade. E nós temos essa vantagem no Ceará”, pontua.
Como será a exportação dos serviços?
Os data centers do Pecém serão os primeiros do Brasil voltados exclusivamente para exportação. Isso significa, no caso de um streaming, por exemplo, que todos os conteúdos vão partir dos data centers do Ceará e serão consumidos por pessoas fora do Brasil.
“Isso vai ser exportado principalmente para onde está a outra ponta do cabo submarino, como Estados Unidos e Europa”, destaca Feijó.
Fonte: Diário do Nordeste | Foto: Reprodução
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