Prazo para a entrega de ZPE vence com apenas 10% da obra executada em MT e empresa paralisa serviço

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A empresa responsável pela construção da Zona de Processamento e Exportação (ZPE), em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, abandonou a obra. Toda a estrutura foi desmontada. A obra começou em maio do ano passado e a previsão era que fosse concluída um ano depois, o que não aconteceu. Só 10% dos serviços foram executados até agora, de acordo com o prefeito de Cáceres, Francis Maris Cruz (PSDB).

G1 entrou em contato com a Primus Incorporação e Construção Ltda, responsável pela obra, mas não recebeu retorno sobre a paralisação. Porém, em abril, a empresa conformou a execução de 10% do projeto e alegou atraso nos pagamentos.

O governo do estado informou que não recebeu nenhuma notificação em relação à paralisação da obra. E, em nota, a Secretaria Estadual de Cidades (Secid), que contratou a Primus, diz que a construtora alegou inconsistências no projeto como empecilho para dar continuidade à obra.

“As inconsistências encontradas nos projetos não impedem a continuidade de outros serviços, como a construção em alvenaria dos prédios onde abrigarão o setor administrativo, o restaurante e o apoio aos motoristas, bem como a conclusão da terraplanagem do terreno”, diz trecho da nota.

Além disso, segundo a Secid, o projeto foi elaborado pela Guimarães e Cia. Ltda., contratada pela Administradora da Zona de Processamento de Exportação de Cáceres (Azpec), em 2016. O governo diz ter notificado a Guimarães e Cia. com o intuito de sanar os problemas encontrados nos documentos, porém, eles não foram sanados.

O prefeito de Cáceres informou que a construtora Primus tem um empecilho burocrático para a continuação da obra. Segundo ele, a empresa está inadimplente com vários impostos e, por isso, não tem certidão negativa, o que a impede de receber os repasses do governo.  “A empresa pode até dizer que o governo não está fazendo pagamento, mas não recebe porque está irregular, não porque o governo não quer pagar”, disse ele.

Pelo projeto, a ZPE de Mato Grosso deve ocupar uma área de quase 240 hectares, na fronteira com a Bolívia, região que é estratégica para o escoamento da produção do estado e para a integração econômica com os países sul-americanos. Quando a ZPE estiver operando, a expectativa é de que sejam gerados cerca de 20 mil empregos.

Ao todo, deverão ser construídos cinco módulos com capacidade para abrigar 230 indústrias. Na primeira etapa, serão construídos oito prédios para a instalação da Receita Federal, administração, oficina mecânica, restaurante, apoio ao motorista e guaritas.

Os outros módulos serão comercializados com as empresas interessadas em se instalar. Em troca, elas terão isenção de impostos para exportação.

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