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Por José Reinaldo Tavares
Eu estou entre aqueles que acreditam que o Maranhão tem um enorme futuro como estado em desenvolvimento e que, neste ano de 2024, avançou muitos degraus na caminhada para cima, marcada pela aprovação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), uma luta de quase 40 anos.
Com a aprovação da ZPE que, antes mesmo de estar instalada, já tem uma empresa aprovada pelo Conselho Nacional de ZPEs – o que mostra a força da nossa zona de livre comércio. Esta empresa tem uma característica estruturante, o que é muito importante para atrair outras empresas e investimentos para o Maranhão.
Outra empresa, também muito importante, com projeto já concluído e que também é uma empresa que atrai outras empresas, vai ser submetida brevemente à análise do Conselho Nacional de ZPE.
Acreditamos que isso poderá se dar ainda nos primeiros meses deste ano.
É grande o interesse por nossa ZPE e pelo Maranhão, esse Maranhão diferente e cheio de oportunidades, que ninguém conhecia e, que quando conhece, se interessa, tantas são as vantagens dessa escolha.
Imaginem se fizéssemos campanhas, no Brasil e no exterior sobre as vantagens que o Maranhão tem a oferecer.
Assim, esse processo está apenas começando e precisa ser integrado a outros grandes projetos para que haja um desenvolvimento sustentado e progressivo. O desenvolvimento é sempre motivado por várias causas e não apenas por uma só.
E, não há dúvidas de que o nosso maior projeto é um projeto especial que nenhum outro estado poderá ter igual e competir conosco. Esse projeto dominante é uma ampliação do que já somos importantes, como atestam todos os dias, o Terminal Portuário da Ponta da Madeira e o Porto do Itaqui.
Esse projeto fundamental é uma soma dos dois citados.
É o projeto da Grão-Pará Maranhão (GPM), composto pelo Terminal Portuário de Alcântara (TPA) e pela Ferrovia EF-317, que o liga a Ferrovia Norte-Sul. Um projeto logístico tão importante quanto o Terminal Portuário da Ponta da Madeira e a Ferrovia de Carajás. Só que este é cativo da Vale, sua proprietária e dedicado ao transporte de minérios. O TPA e a EF-317 são abertos e qualquer tipo de empreendimento e empresa poderão usá-los e ter as vantagens que hoje a Vale tem e que a tornou uma das maiores mineradoras do mundo. Daí ser uma soma das vantagens dos dois excelentes portos do Maranhão.
Esse é um projeto dominante do Maranhão porque em nenhum outro lugar do Brasil e da América do Sul se pode fazer projeto com essas características tão fundamentais.
Muitos podem perguntar: mas o que falta para que esse projeto logístico possa decolar já que é tão importante assim? Ele só decolará quando conseguir a licença de instalação e de construção, passo essencial, pois antes disso o projeto não vai interessar aos investidores, já que não terá garantia de seu início. É como um atestado de nascimento, sem ele você não é ainda um cidadão.
Trata-se da licença da Secretaria de Meio Ambiente, que permite a instalação e a construção de qualquer projeto. Assim, é muito importante que esse importante documento seja considerado prioritário, dando existência real a um dos projetos mais importantes para todo o Brasil.
Com esse projeto, o Maranhão avançará como nenhum outro estado pode avançar, pois é um projeto soberano para o estado, basta ver o que o Porto do Itaqui fez e faz pelo desenvolvimento do estado, assim como TPPM da Vale.
Mas, como falamos, o processo todo precisa ser estruturante e precisamos ter outros projetos importantes e complementares, alguns de importância fundamental para o nosso estado. Podemos citar a ligação do estado com o cabo submarinho europeu, que nos permitirá atrair grandes empresas do ramo digital, como banco de dados, startups e inteligência artificial, colocando o estado entre aqueles aptos a oferecer serviços públicos rápidos e seguros, entre eles, a educação, a saúde e a segurança, permitindo levar esses serviços de última geração a todo os quadrantes do estado.
Programas integradores e de combate à pobreza e à desigualdade social, como Raízes Solares e Casa de Esperanças, se destinam a criar capital humano de qualidade no seio das famílias pobres, integrando-as a sociedade.
Além disso, precisamos ter o controle dos rios maranhenses, pois água é bem vital e fundamental a tudo e que começa a dar sinais de sofrer efeitos das calamidades climáticas, entre os quais a diminuição de vazões.
Precisamos controlá-los e, muito provavelmente, cobrar pelo seu uso comercial ou industrial, o que no futuro deve entrar como pergunta adicional em futuras eleições, antes de ser adotado como política pública.
E também urgente o saneamento ambiental do estado, universalizar a água potável para todos, tratamento de esgotos, despoluir os cursos d’águas, os rios, os mares.
Isso é fundamental para a qualidade de vida, para a contenção de doenças, para a vida em comunidade e até para a democracia. Para integrar a sociedade em um ambiente mais justo, para todos, não só para os que podem. Energia é outro bem vital que nós temos condições de produzir, a baixo custo, em se tratando de energia renovável e, consequentemente, hidrogênio de todas as cores inclusive o verde.
Se, ao findar do próximo ano nós estivermos avançando nessa agenda, caminharemos firmemente no rumo do desenvolvimento sustentável do estado, como nunca aconteceu.
Feliz Ano Novo e Paz na Terra entre os homens e mulheres de boa vontade! Precisamos muito disso.
Fonte: Jornal Pequeno | Foto: Divulgação
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