Indústria de Alimentos quer investir na ZPE do Ceará, em Pecém

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Estudo elaborado pelo Observatório da Indústria do Sistema Fiec, o setor de alimentos foi apontado como um dos segmentos que mais podem beneficiar-se da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), que é uma área de livre comércio exterior, com regime aduaneiro especial.

Pois bem, pensando em expandir ainda mais a comercialização da indústria alimentícia cearense para o mercado internacional, o Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas no Estado do Ceará (Sindialimentos) estuda novas possibilidades de negócios com a Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S/A). 

Para debater a ideia, o presidente do Sindialimentos, André Siqueira, promoverá uma reunião dos diretores das empresas associadas à entidade com a diretora executiva Comercial do Complexo do Pecém, Duna Uribe. A reunião será terça-feira, 1º de setembro, por vídeo conferência.

Com a pandemia, a balança comercial cearense apresentou queda, incluindo as exportações de alimentos, mas agora as expectativas de recuperação são favoráveis, como informa André Siqueira. 

“O Ceará aposta na exportação de frutas in natura e de outros ítens, como alho, tapioca, suco clarificado e até a água de coco.  A internacionalização desses produtos é uma grande alternativa para o incremento do comércio exterior do Ceará. Além do Mercosul (bloco econômico composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), há outras possibilidades de mercado, como o Oriente Médio”, acrescenta Siqueira.

As empresas filiadas ao Sindialimentos mostram-se interessadas no mercado internacional. A Nossa Fruta, indústria de frutas processadas, por exemplo, já negocia com o Oriente Médio e Estados Unidos. 

Por sua vez, a Polpas Frute, do mesmo segmento, mantém negociação com Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e com a China. A Frutã, do setor de polpa de frutas, já exporta para os Estados Unidos, Austrália, Emirados Árabes e alguns países da Europa. 

A Natvita vende polpa de frutas e sucos clarificados para a Polônia, França, Alemanha, Holanda, Portugal e Estados Unidos, ao mesmo tempo em que a Onvit, indústria de processamento de castanha de caju, estima que, até o fim deste ano, exportará o equivalente a US$ 500 mil para os Emirados Árabes e US$ 200 mil para Uruguai.

O Complexo do Pecém oferece ambiência para negócios internacionais: dispõe de um terminal portuário “off shore”, de classe mundial, e da única Zona de Processamento de Exportação em operação no Brasil a ZPE Ceará.  

Alessandra Grangeiro, gerente de negócios industriais da ZPE, vê um grande potencial de expansão no setor de alimentos. “Nós temos conhecimento da relevância do setor, que vem mantendo o ritmo de produção e mostrando cada vez mais a sua importância neste momento em que ainda enfrentamos uma situação de pandemia. A área de alimentos tem grande potencial de novos investimentos no Complexo do Pecém”, conclui ela.

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