FIEMA sedia simpósio internacional com autor do estudo sobre a “Rota da Seda”

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O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), Edilson Baldez das Neves, foi o anfitrião do terceiro dia do Simpósio Internacional de Logística, que ocorreu no Salão Nobre da entidade, na manhã da última quarta-feira (13/07).  

O Simpósio que teve início no dia 11 de julho no Palácio dos Leões, contou como uma visita técnica à Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) na terça-feira (12/07) para demonstrar o potencial portuário do Estado ao professor sul-coreano, economista marítimo, PhD. da Universidade Zhejiang, China, Paul Lee, que veio a São Luís a convite do Governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Programa Estratégico (SEDEPE) e da Fundação Sousândrade, com o apoio da FIEMA, para discutir as potencialidades do Maranhão na nova Rota da Seda da China. 

O encontro teve o propósito de estreitar os laços com o grande parceiro comercial do Brasil, a China, a fim de ampliar as oportunidades de negócios que posicionem o Maranhão em destaque no cenário nacional, como um estado promissor, que apresenta condições exclusivas de logística e riqueza ambiental. 

Neste terceiro dia, foram discutidos a logística ferroviária do Maranhão, a riqueza nos caminhos de sua hinterlândia, o crescimento projetado pelos futuros investimentos, as vantagens econômicas e estratégicas do Estado. O evento contou com painéis, palestras, estudos de caso e visitas técnicas ao Porto do Itaqui. 

No discurso que abriu o último dia da reunião, Baldez saudou os convidados presentes e exaltou as qualidades que posicionam o Maranhão como melhor opção para receber investimentos internacionais. O presidente da FIEMA disse que o aprendizado e a qualificação profissional estão entre as mais valiosas comodities da atualidade na era do conhecimento. “Todos estamos aqui para aprender e conhecer melhor porque São Luís foi incluída na rota da seda e de que forma isso pode ser convertido em desenvolvimento econômico com o necessário retorno social à população, e a FIEMA está junto a esse processo atuando para alavancar o desenvolvimento do nosso Estado”. 

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Programa Estratégico do Estado do Maranhão (SEDEPE), José Reinaldo Tavares, avalia como ousado o projeto de inserção do Maranhão na Nova Rota da Seda para a expansão econômica do Brasil e que esta é apenas uma parte de uma agenda do governo estadual e uma tarefa prioritária para um governo consciente de seu papel.  

“Temos interesse especial em aproveitar a inclusão de São Luís no plano BRI para a exportarmos energia verde, além de alimentos processados, materiais de construção e outros. O nosso Estado é capaz de condições excepcionais de logísticas que se interligam ao complexo portuário incontestavelmente eficiente e reconhecidamente premiado”, afirmou Tavares.  

Os participantes ficaram com as lições do economista marítimo Paul Lee, que insistiu na mensagem para que o Maranhão prepare os jovens com educação de alta qualidade, pois a mão de obra qualificada vai elevar o nível do desenvolvimento econômico e aumentar as chances do Maranhão se destacar no cenário internacional. Lee deixou claro que, para atrair investimentos da China, o Brasil precisa conhecer como o país atua por meio das normas contidas na Constituição chinesa.  

“Precisamos mudar de lugar para acessar uma nova perspectiva de visão e isso não custa nada, é simples e gratuito. Estou de acordo com a fala do presidente Baldez, também sempre proponho que a academia, a indústria, o governo e a iniciativa privada trabalhem juntos para atingir resultados de excelência em um país.”  

O Simpósio internacional de logística que teve por objetivo trazer informações sobre o projeto desenvolvido no Belt and Road Initiative (BRI), ressaltou o potencial logístico do Maranhão na Nova Rota da Seda da China. 

O evento contou com três dias de programação e foi conduzido por Paul Lee, PhD, professor de Logística Internacional e Transporte Marítimo da Universidade Zhejiang, em Zhoushan, China e diretor associado de pesquisa do Instituto de Cadeia e Suprimento de Logística, da Faculdade de Negócios da Victoria University, em Mel.  

Ele falou do exemplo chinês com cases práticos, que se transformaram em soluções táticas para os negócios, trouxe soluções avançadas em transportes com insights inovadores e novas tecnologias.  

A programação seguiu com as palestras trazendo projetos e ações em ferrovias, portos, Hidrogênio Verde, da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Bacabeira/MA, Centro de Lançamento de Alcântara, bacia petrolífera Pará-Maranhão e demais temas bastante relevantes. 

O engenheiro da empresa VALEC – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., Urubatan Tupinambá, apresentou o trabalho realizado dentro do Corredor Centro-Norte, fundamental para atender a logística nacional e internacional, com a Ferrovia Norte-Sul (tanto pela ferrovia quanto pelos seus terminais) e os seus resultados além de trazer as oportunidades ferroviárias, estimativas de investimentos e geração de empregos com o mercado de autorizações, renovações antecipadas, investimento cruzado e novas concessões. 

Em seguida, o superintendente de Planejamento e Desenvolvimento Econômico da SEDEPE, Pedro Dantas Rocha Neto, abordou a fase atual da ZPE no contexto da economia do Estado. O engenheiro eletricista, Fraga Araújo e o professor doutor, Fabrício Brito, ambos superintendentes da Assessoria de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos, técnicos da SEDEPE, levantaram questões sobre os novos produtos da nova economia verde, energias renováveis, hidrogênio verde, fertilizante verde e créditos de carbono. 

Na sequência, foram apresentados aos participantes, a formação geológica do Estado e os investimentos em gás natural no Maranhão, pelo presidente da companhia maranhense de gás (GASMAR), Allan Kardec Duailibe Barros Filho. Ele demonstrou porque o estado é um importante polo de petróleo e gás e que a área de energia do Maranhão está muito ativa, com os avanços na Bacia do Parnaíba e na Margem Equatorial (MEQ). Além disso ele explicou como o Maranhão chegou ao ponto de gerar grandes expectativas para um futuro próximo com a quantidade abundante de óleo e gás que possui, além de ter um condomínio de portos considerado “extraordinário”, com profundidade única, o que atrai os olhos de investidores. 

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