CST da Fronteira Brasil/Bolívia e ZPE entrega relatório final

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A Câmara Setorial Temática (CST) criada para discutir a Fronteira entre Mato Grosso e Bolívia e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) entregou oficialmente o relatório final dos trabalhos, na manhã desta terça-feira (21). Foram 360 dias, 180 prorrogados por mais 180, de estudos para preparar um texto com várias sugestões de políticas públicas de integração internacional, com foco no desenvolvimento social, econômico e de segurança.

“Não podemos falar de fronteia só para falar de mazelas, coisas ruins. É uma oportunidade de progresso. Só o Departamento de Santa Cruz tem mais habitantes que todo o Mato Grosso e muitas vezes não pesamos isso. Toda essa entrada, se chegarmos do Chile, ao Peru, temos mais de 60 milhões de pessoas. Isso é uma oportunidade muito grande comércio”, afirmou o deputado Dr Leonardo (PSD), requerente da CST).

Os trabalhos foram desenvolvidos sob a presidência do advogado Carlos Eduardo de Souza e relatoria de Daniel Macedo, agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Após ouvirem várias entidades, especialistas, analisarem dados dos 28 municípios da faixa de fronteira, concluíram trabalhos com apontamentos a favor de políticas de desenvolvimento da faixa de Fronteira.

“Chegamos a conclusão que políticas de desenvolvimento social, inclusivas, representam a melhor estratégia para melhorar a questão da segurança. Pessoas, sociedade incluída no mercado de trabalho, com acesso a serviços públicos de qualidade, que exerce sua cidadania, tendem a ser menos vulneráveis a ação nefasta do crime organizado. Isso é muito pertinente na questão de fronteira”, concluiu Daniel Macedo.

A ZPE de Cáceres é um dos mecanismos que pode dar um impulso de desenvolvimento a toda uma região, com geração de emprego e renda. A chegada da uma escola técnica no mesmo município, após trabalho de articulação do deputado Dr Leonardo junto ao secretário Domingos Sávio, de Ciência e Tecnologia, e o governador Pedro Taques (PSDB), é outra forma de garantir o desenvolvimento social.

“Precisamos evitar que aconteça o mesmo que ocorreu na África, onde ocorreu um grande desenvolvimento na área do turismo, mas os melhores empregos ficaram com europeus porque a população local não foi preparada. Precisamos garantir os empregos para as pessoas da região, para existir um verdadeira desenvolvimento”, disse Leonardo.

Além disso, o relatório aponta a necessidade de investimentos no Gefron, da finalização da implantação do sistema de fronteira pelo Governo Federal, pela ampliação da infraestrutura para favorecer novos empreendimentos. E tudo isso a partir da melhoria das relações Brasil Bolívia, que já começaram a acontecer com interlocução da Assembleia Legislativa.

Jardel P. Arruda, Diário de Cáceres, Mato Grosso, 22/11/2017.

 

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