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O Secretário de Assuntos Internacionais, Antônio Balhmann, apresentou para um público qualificado formado por cerca de 200 empresários japoneses, a ZPE Ceará, única free zone brasileira em operação. A ZPE Ceará conta, atualmente, com uma área total de 6.182 hectares, sendo 4.271 ha no Setor I (formado pelo setor siderúrgico) e 1.911 ha no Setor II, área incorporada à estatal, em 2016, para expansão de sua poligonal. Balhmann lembrou que a expansão da ZPE Ceará só foi possível graças à iniciativa do governador Camilo Santana, que conseguiu incorporar quase 2 mil hectares antes destinados para a refinaria Premium II. “Hoje, o Estado conta com a maior área de Free Zone da América Latina”, garantiu.
Segundo Balhmann, no Setor II da ZPE Ceará, está sendo trabalhada uma área de 150 hectares, numa primeira etapa, para alfandegamento junto à Receita Federal. “O projeto dessa área já está pronto e a expectativa é investir cerca de R$ 35 milhões. Ela terá capacidade para abrigar cerca de 50 novas indústrias de setores diversificados, dentre eles granito e energia”, destacou. A capacidade da área de Despacho Aduaneiro (ADA) desta primeira etapa da expansão é para 5.000 contêineres por mês, num regime operacional de 24 horas. Dentre as 50 indústrias, já existem 20 empresas do setor do granito com protocolos de intenção assinados com o Governo do Estado para instalação de plantas industriais na expansão, o que representa investimentos da ordem de R$ 600 milhões e três mil empregos diretos.
Balhmann lembrou ainda que o primeiro esforço do Governo do Ceará, junto ao Japão, foi ainda no mandato do então governador Ciro Gomes, na década de 90, quando foi atraída para o Estado a empresa japonesa YKK, instalada no distrito industrial de Maracanaú. Conforme o secretário, existem áreas estratégicas a serem exploradas pelos japoneses no Ceará, dentre elas a indústria de alimentos e a de pescado, como por exemplo, o atum. “Hoje, o que os empresários japoneses vão encontrar no Ceará é uma ambiência empresarial completamente inusitada e favorável para a realização de grandes investimentos”, garantiu. Ele disse, ainda, que o Ceará está trabalhando um investimento de US$ 7,5 bilhões com a China, na área de refino e petroquímica, contando já com área e projetos definidos.
Participaram também do encontro o secretário de Relações Internacionais da Presidência do Senado Federal, o embaixador Marco Farani e os representantes do Conselho Nacional das Zonas de processamento de Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Leonardo Rabelo e Paulo Fukuya. O encontro foi aberto pelo secretário geral da Câmara Japonesa, Fujiyoshi Hirata, e pelo presidente da entidade, Aiichiro Matsunaga. Segundo este último, a Câmara vem somando esforços para estreitar o intercâmbio econômico entre o Brasil e o Japão, funcionando como uma ponte entre os dois países. “Temos hoje 350 associados, sendo 220 empresas japonesas instaladas no país. São empresas de setores como siderurgia, fundição de alumínio, papel e celulose, além de tecnologia, como TV digital. Realizamos com frequência intercâmbios com autoridades do Governo e personalidades”, explicou Matsunaga.
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