China abrirá novas zonas piloto integradas de e-commerce transfronteiriço para estabilizar comércio exterior e investimento

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A China estabelecerá 46 novas zonas piloto integradas para o comércio eletrônico transfronteiriço, além de apoiar o comércio do processamento com novos passos e realizar a Feira de Cantão online, para manter estáveis o comércio exterior e o investimento estrangeiro em meio à epidemia, de acordo com a reunião executiva do Conselho de Estado presidida pelo premiê Li Keqiang na terça-feira.

As vendas no varejo dos negócios de comércio eletrônico transfronteiriço na China atingiram 186,21 bilhões de yuans (US$ 26,25 bilhões) em 2019, mostraram os números da Administração Geral das Alfândegas.

A reunião de terça-feira observou o enorme impacto da rápida evolução do surto em todo o mundo na economia, comércio e investimento mundiais. O robusto crescimento do comércio eletrônico transfronteiriço nos últimos anos se tornou um novo destaque no comércio exterior do país. É importante alavancar a força única deste tipo do comércio quando os setores tradicionais do comércio exterior são duramente atingidos no surto da COVID-19, a fim de impulsionar o comércio exterior com novas formas de negócios neste momento difícil.

“Combater o impacto econômico do surto no exterior é uma tarefa premente. Com as medidas restritas de contenção introduzidas em todos os países, o comércio exterior e os investimentos estrangeiros estão caindo de forma persistente”, disse Li.

A reunião decidiu criar outras 46 zonas piloto integradas para o comércio eletrônico transfronteiriço, além das 59 já existentes. Além de aplicar as práticas que já foram provadas eficazes para impulsionar o fluxo do comércio, as empresas nessas zonas desfrutam de políticas de apoio, como isenção de impostos sobre valor agregado e consumo para as exportações no varejo e medidas relativas ao imposto de renda corporativa.

As zonas piloto integradas, com condições adequadas, serão incluídas no programa piloto sobre importações de varejo do comércio eletrônico transfronteiriço. As empresas receberão apoio para construir e compartilhar conjuntamente armazéns do exterior.

“Precisamos acelerar o desenvolvimento do comércio eletrônico transfronteiriço e de outros novos modelos para impulsionar o comércio exterior e o investimento estrangeiro. Os departamentos competentes devem exercer uma forte supervisão de qualidade e garantir os serviços logísticos funcionar sem obstáculos”, disse Li.

Medidas para impulsionar o comércio de processamento também foram discutidas na reunião. Com o comércio de processamento respondendo por um quarto do comércio exterior do país, a reunião enfatizou a necessidade de coordenar o comércio interno e externo e ajudar as empresas envolvidas a resolver suas dificuldades, bem como estabilizar o investimento estrangeiro e o emprego.

“Em um mundo globalizado, todos os países têm uma participação no futuro de um do outro. A economia chinesa é profundamente integrada à economia mundial. Devemos analisar oportunamente o impacto do surto nas cadeias industriais e elaborar nossa política de resposta em conformidade. Isso é de importância vital para estabilizar o emprego”, disse Li.

Foi decidido na reunião que os juros do imposto diferido para os materiais alfandegados ou produtos acabados no comércio de processamento e vendidos no mercado nacional serão temporariamente dispensados até o final deste ano. Será estendido a todas as zonas francas integradas um programa piloto, segundo o qual as empresas de comércio de processamento podem escolher pagar impostos de acordo com materiais importados ou produtos acabados após suas vendas domésticas. A categoria de indústrias em que o investimento estrangeiro é incentivado será ampliada e a lista de produtos proibidos no comércio de processamento será reduzida.

“Precisamos adotar uma abordagem holística no desenvolvimento do comércio nacional e estrangeiro e introduzir rapidamente políticas de suporte que priorizem as vendas nacionais das empresas de comércio de processamento”, acrescentou Li. Também foi decidido que, dada a grave situação do surto global, a 127ª Feira de Importação e Exportação da China, também conhecida como a Feira de Cantão, será realizada online em meados ao final de junho.

Empresas nacionais e estrangeiras serão amplamente convidadas a exibir seus produtos online. Apoiada pela tecnologia de informação avançada, a Feira fornecerá serviços ininterruptos para a promoção de produtos online, estabelecimento de parcerias e negociações comerciais. Será uma plataforma de comércio exterior habilitada pela internet, com produtos de qualidade e especiais, onde empresas chinesas e estrangeiras podem fazer pedidos e fechar acordos sem o incômodo de viajar.

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